Diabetes Mellitus Gestacional

É o problema metabólico mais comum na gestação e tem prevalência de 3 a 13% das gestações.
Na maioria das vezes, representa o aparecimento do Diabetes Mellitus do Tipo 2 durante a gravidez. São alguns fatores de risco para o aparecimento da doença:
- Idade superior a 35 anos
- Sobrepeso, obesidade ou ganho excessivo de peso durante a gravidez atual
- Excesso de gordura abdominal
- Historia familiar de Diabetes
- Baixa estatura (inferior a 1,5m)
- Crescimento fetal excessivo, polidrâmnio, hipertensão ou pré-eclampsia na gravidez atual
- Antecedentes obstétricos de abortamentos de repetição, malformações, morte fetal ou neonatal, macrossomia ou DMG
- Síndrome de ovários policísticos
DIAGNÓSTICO
É indicado o rastreamento a todas as gestantes sem fatores de risco a dosagem de glicemia de Jejum.
Valor de Referência para a Glicemia de Jejum: Inferior a 95 mg/dL.
Para gestantes com com glicemia de jejum alterada (rastreamento positivo) ou com fatores de risco devem realizar o procedimento diagnóstico, que consiste em Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG) com sobrecarga de 75g, entre 24 a 28 semanas de gestação. Deve-se realizar o TOTG sem dieta de restrição a carboidratos, ou com 150g de carboidratos nos três dias anteriores ao teste, com jejum de 8 horas.
Valor de Referência
- Basal (Glicemia Jejum): inferior a 95 mg/dL
- 1 hora após TOTG: inferior a 180 mg/dL
- 2 horas após TOTG: inferior a 155 mg/dL
- Dois pontos alterados indicam o diagnóstico de Diabetes Mellitus Gestacional
A critério médico pode ser utilizado como marcador de triagem de risco para DMG o TOTG com 50g e dosagem nos tempos basais e após 1 hora.
TRATAMENTO
Evidências recentes sugerem que a intervenção em gestantes com DMG pode diminuir a ocorrência de eventos adversos na gravidez. Orientação alimentar, controle do peso e atividades físicas voltadas a gestantes fazem parte do tratamento. Consulte seu médico de confiança.